domingo, 8 de março de 2015

Psicoterapia Cristã - Batalha Contra as Provocações (por Robin Amis)

É necessário compreender plenamente o conflito interno que leva à formação da separação interior, uma vez que esta é a restauração lenta de nosso poder de escolha que perdemos desde a infância. Uma das diferentes formas de entender isso é através da idéia de provocação: a ideia de que a mente ativa, com suas associações, constantemente apresenta estímulos ao nous, ao qual o nous pouco discriminado, habitualmente responde de forma indiscriminada. Muitos dos primeiros Padres, e seus sucessores russos, descreveram o processo de provocação como uma sequência através de seis ou mais fases de perda progressiva de controle da mente, embora Evágrio, em sua obra Praktikos, descreve oito tipos específicos de provocação.

Pode-se perguntar: como isso difere de insanidade? A resposta simplista é que a sexta e última etapa da provocação, que os eremitas russos chamam de plenenie (cativeiro), descreve a condição de constante auto-satisfação e busca por distração que hoje não é só lugar-comum, mas também é promovido ativamente nos ensinamentos modernos de auto-expressão e assertividade. Isso freqüentemente perturba o corpo, levando a compulsões, e estas podem dominar a vida do indivíduo até o ponto em que o indivíduo não consegue manter sua relação com a sociedade, neste ponto ela ou ele é classificável como insano.

Ao estudar provocação, devemos notar que o homem moderno difere daqueles para quem essas descrições foram originalmente escritas. Quase todos os homens e mulheres ocidentais são subservientes às suas provocações, simplesmente porque eles consideram essas provocações como suas posses, como se as tivessem originado, o que é inteiramente falso, como se fossem as suas próprias ideias, os seus próprios sentimentos, suas próprias crenças. Na verdade, esses estímulos que nos impulsionam são meramente "gravações" do passado. Sempre que tocamos no estado de separação interna, que normalmente conseguimos brevemente, nós não reconhecemos que habitualmente respondemos à primeira provocação energética (ou "excitante")", e o resultado é que voltamos imediatamente para fora do estado de separação interna, novamente. E então esquecemos de nós mesmos, passando para o que Mouravieff chama de "confluência", o estado normal do homem moderno. Entre outras coisas, esta é uma das razões pela qual somos incapazes de controlar nossos pensamentos, e entender esse processo de provocação pode nos mostrar como é possível estabelecer o controle do pensamento.

Evágrio Pôntico, escreveu sobre essas provocações: "Existem oito categorias gerais e básicas de pensamentos provocadores nos quais estão incluídos todos eles. Em primeiro lugar está a gula, em seguida a impureza, a avareza, a tristeza, a apatia, a vanglória e por último o orgulho. Não está em nosso poder determinar se estamos perturbados por esses pensamentos, mas somos capazes de decidir se deixaremos dentro de nós ou não, se eles agitarão ou não nossas paixões."

Não está escrito nessa passagem de Evágrio o fato de que o "centro de comando", o centro magnético no estado de separação interior, ou além, é o resultado de um treinamento especial. É, na verdade, um órgão artificial ou feito pelo homem na mente. Até que ele seja construído, estamos submersos sob uma provocação contínua, emergindo deste estado, apenas por períodos curtos, em uma ação intencional. Desenvolver novas atividades intencionais para nossas vidas não é uma coisa fácil: isso nos envolverá em uma luta com esses pensamentos inúteis e muitas vezes prejudiciais, que tendem a se acumular à medida que aumentamos o orgulho, se isso nos levar a crer que os pensamentos, sentimentos, atitudes aos estímulos provocantes são nossos, como se faz normalmente, isso nos levará a um fracasso nessa luta. Essa luta, entretanto, está longe de ser inútil. Não só nos leva a completar alguma terefa que estava anteriormente além de nossa capacidade, mas aumenta nossa capacidade para futuras ações intencionais e lentamente nos liberta de nossas provocações recorrentes, e por isso desempenha um papel importante na formação do centro magnético que nos deixará prontos para uma consciência superior.

Estágios da Provocação

O emigrante russo, I.M. Kontzevitch, escreveu sobre o processo de provocação dentro do conteúdo da mente, colocando em termos modernos idéias que foram primeiramente importadas para a Rússia por São Nilo de Sora no final do século XIII. Primeiro disse que: "Os Santos Padres, ascetas, discernem por volta de (seis ou) sete momentos no desenvolvimento e crescimento das paixões." Estes estágios, diz ele, são descritos posteriormente por outras autoridades russas. Pensamentos provocadores, os sentimentos que nos fazem responder a eles, e as atividades habituais que repetimos sempre que as mesmas provocações ocorrem, todos são predisposições. Mas, como já foi sugerido, há dificuldades em descrever a maneira exata em que esses elementos agem. Em fatos observados, as fases ocorrem de forma distinta em diferentes "níveis de ser" e, em verdade, essas diferenças são o principal meio pelo qual é possível distinguir os níveis do ser. Kontzevitch resume a forma como estes são descritos pelos professores russos; mas as descrições gregas não são completamente as mesmas, provavelmente por causa da diferença no entendimento de que foram utilizadas as ideias. Temos dito mais de uma vez que a provocação é necessária, a fim de testar o nosso caráter, de modo a tornar-nos conscientes do que somos. Ela nos prova, descobrindo o que assentimos em um momento particular durante o teste, e as vezes, continuará até possamos ganhar o controle sobre nossos momentos de assentimento. Evágrio disse sobre este peirasmos, provação ou tentação, que:

A tentação é o fado do monge, pois pensamentos que escurecem sua mente inevitavelmente subirão para parte de sua alma que é a sede das paixões.
O pecado que o monge deve particularmente observar é aquele de dar consentimento mental para prazeres proibidos.

Este é o cativeiro: o estado do homem moderno, do homem caído. No Antigo Testamento, e em autores como São Gregório de Nissa, isto é simbolizado pelo cativeiro de Israel sob os Egípcios. Mas, como Boris Mouravieff escreveu em Gnosis: "a passagem de Esperança para o Amor é marcada pela renovação da mente, isto é, por um novo Conhecimento."

Para renovar a nossa mente ou inteligência - nous - precisamos remover de dentro de nós os obstáculos que impedem a consciência espiritual. Ou seja, nossa psique dever ser purificada. Uma parte importante deste processo é a purificação da memória. O resultado deste processo é descrito por São Macário: "É através da renovação da mente, da tranquilidade vivida em nossos pensamentos e o amor do Senhor e o amor pelas coisas celestes que cada nova criação de cristãos se distinguem dos homens de deste mundo. Por esta razão o Senhor vem, a fim de que ele possa dar estes dons espirituais para aqueles que realmente acreditam nele. Os cristãos possuem glória e beleza e uma riqueza celestial indescritível que chegam até eles com muito trabalho e suor, adquirida em tempos de tentações e muitas provações. Tudo isso deve ser atribuída à graça divina."

Quer sejam monges ou chefes de família, o teste é o destino de todos os homens decaídos quando tomam o caminho para superar a queda. Um tipo deste teste ocorre automaticamente à medida que começamos a tomar consciência do constante bombardeamento de provocações, um bombardeio que testa continuamente a nossa consciência emergente até que nos tornemos totalmente consciente da natureza secundária dos estímulos provocadores e assim nos separamos deles.

Este é um elemento importante no que é conhecido como a ''liberação menor".

A provocação passa através de vários estágios, cada um dos quais se torna mais difícil de "escapar" sem ajuda. Devemos agora elaborar a descrição de Kontzevitch desses estágios, com um pequeno comentário, onde for útil.

1. Provocação (em russo prilog)

A descrição de Kontzevitch da provocação inicial é:

O primeiro impulso para o surgimento do fenômeno psicológico que se torna uma paixão é conhecido como "provocação" ou "sugestão" (prilog). É uma concepção de um objeto ou de uma ação correspondente a uma das inclinações marcadas dentro de uma pessoa. Sob a influência de impressões externas, ou em conexão com o funcionamento psicológico da memória ou da imaginação de acordo com as leis da associação, esta provocação entra na esfera da consciência do homem. Esse primeiro momento ocorre independentemente do livre arbítrio do homem, contra a sua vontade, sem a sua participação, de acordo com as leis da inevitabilidade psicológica, da "espontaneidade" e, portanto, é considerado "inocente" ou desapaixonado. Isso não incrimina o homem no pecado, se não for causado por seus pensamentos "errantes", se não foi convidado, consciente e voluntariamente, e se uma pessoa não é negligente a respeito. Esta é a pedra de toque para testar a nossa vontade de ver se estará inclinado para a virtude ou o para vício. É nessa escolha que o livre arbítrio do homem se manifesta.

As "inclinações marcadas" que ele se refere são as memórias dos prazeres e dos desgostos: o termo deixa claro que nossa tendência natural é de desfrutar de certas coisas que normalmente adicionamos lembrando de impressões-sentimentos, que são evocadas da memória por associação, por exemplo, pela associação de eventos ou memórias despertadas em devaneios.

Na experiência, o processo de provocação é contínuo. Um após o outro, pensamentos e outras impressões entram em nossa percepção, e cada uma, ao fazer isso, desperta sentimentos, e estes nos provocam para reagir. Se somos capazes de resistir a este processo, mesmo por um momento, então uma série de provocações alternativas aparecem diante de nós como ações alternativas.

A não ser que já tivermos passado por um treinamento especial e prolongado, este estado de escolha não ocorre com tanta frequência.

2. Conjunção (em russo sochetanie)

O segundo estágio é a resposta de nossos sentimentos que determina nossa atitude para com o estímulo de provocação. Salvo se o coração é treinado, essa resposta será normalmente "desinformada", e nestas situações muitas das nossas respostas levarão a duas coisas que não queremos:

1. continuação do estado de confluência

2. ações erradas e frequentemente auto-destrutivas e limitadoras, juntamente com os problemas decorrentes que isto provoca em nossas vidas.

Em geral, esse segundo estágio ocorre muito rapidamente para que possamos pará-la. Ele é colorido pelos eventos passados, e quando ocorre sem que percebamos, isso significa que esses eventos passados moldaram nossa reação naquele momento. Este processo é descrito por Kontzevitch:

A provocação evoca uma resposta do sentimento, que reage à impressão ou a imagem invadindo a consciência ou por "amor" ou por "ódio" (simpatia ou antipatia). Este é o momento mais importante, pois aqui é decidido o destino do pensamento provocador: ele ficará ou irá embora? Somente o surgimento desse pensamento na consciência que ocorre independentemente da vontade do homem. Se não for imediatamente rejeitado e persistir, isso significa que na natureza daquela determinada pessoa ele encontra um terreno compatível, que se expressa em sua reação simpática à provocação. Uma inclinação simpática atrai a atenção, permitindo que o pensamento sugerido cresça e se torne uma imagem de fantasia que permeia toda a esfera da consciência e expulsando todas as outras impressões e pensamentos. A atenção permanece com o pensamento, porque o homem se agrada dele. Este segundo momento é chamado de conversação ou conjunção (sochetanie). São Efrém, o Sírio define como uma "livre aceitação do pensamento, seu entretenimento, por assim dizer, e uma conversa com ele acompanhado por prazer. ''

A fim de cortar a sequência de noções, para removê-lo de sua consciência, e para terminar a sensação de prazer, o homem precisa distrair sua atenção pelo esforço de sua vontade. Ele deve ativamente e firmemente resolver refutar as imagens do pecado atacando-o e não voltando a ele novamente.

3. Junção (em russo slozhenie)

Na personalidade, que carece de um centro magnético totalmente formado ou centro permanente, o equilíbrio que é destruído em um momento de provocação é puramente transitório e depende de esforços momentâneos que primeiro tiveram que ser aprendido. Quando o esforço aprendido termina, o controle desaparece e é substituído por aquilo Mouravieff solicita um estado de "confluência", isto é, de identificação com o conteúdo da mente. Quando não controlado, aquele conteúdo é puramente associativo em sua natureza. Sobre este terceiro estágio, Kontzevitch diz:

De outra forma, com a ausência da rejeição intencional das imagens introduzidas, o terceiro momento é induzido quando a própria vontade torna-se cada vez mais atraída ao pensamento, e como resultado o homem se torna inclinado a agir de acordo com o que o pensamento diz pra ele, para que possa obter satisfação participando daquilo. Neste momento, o equilíbrio de sua vida espiritual é totalmente destruído, a alma se entrega totalmente ao pensamento e se esforça para realizá-lo com o objetivo de experimentar um prazer ainda mais intenso.

No homem moderno ocidental a quebra deste controle é contínuo ou endêmico, na verdade, faz mais sentido dizer que o centro magnético como uma forma estável de controle existe apenas em alguns raros indivíduos, de modo que antes de despertar o centro magnético, o ensino em sua forma contemporânea começa pelo treinamento destinado a formação desse centro, que é artificial em sua natureza e é baseado em disciplinas que são, em parte, resultado da compreensão dos fatores descritos nesta passagem de Kontzevitch.

A formação de uma espécie de centro artificial, como o centro magnético, era objetivo da educação grega clássica ou paideia, e é provável que outras civilizações, que chamaríamos teocêntrica, em verdade formaram, em seu pleno desenvolvimento, assim como ainda formam, algo semelhante nos estágios mais elevados da educação normal. É quase certo que isso também aconteceu na igreja primitiva antes do terceiro século, e que aconteceu desde então, muito ocasionalmente em certas comunidades cristãs muito localizadas, de modo que, nessas civilizações, "ser civilizado" implicaria a posse do centro magnético; mas outros estudos são necessários antes que possamos estar inteiramente certos disso. Comunidades cristãs deste tipo provavelmente inclui algumas comunidades na Capadócia (na Turquia) entre os séculos IV e XX, e certos locais na Rússia, como a aldeia onde Teófano nasceu, do século XIV ao XIX.

4 & 5. A luta contra o hábito

Continuando a citação anterior de Kontzevitch:

Assim, o terceiro momento é caracterizado pela inclinação da vontade para o objeto do pensamento, por sua concordância em resolver e realizar fantasias prazerosas. Consequentemente, no terceiro momento, toda a vontade se rende ao pensamento e agora age de acordo com suas diretrizes, a fim de realizar os seus planos fantasiosos. Este momento, chamado de junção (slozhenie), se dá a cooperação da vontade, que é uma declaração de concordância com a paixão sussurrada pelo pensamento (Santo Efrém, o Sírio), ou consentimento [aprovação] da alma com o que foi apresentado pelo pensamento, acompanhado pelo prazer (São João Clímaco).

Este estado já se "aproxima do ato de pecado e é similar a ele" (Santo Efrém, o Sírio). Aqui vem a vontade deliberada de atingir a realização do objeto do pensamento apaixonado por todos os meios disponíveis para o homem. Em princípio, já foi tomada a decisão de satisfazer a paixão. O pecado já foi cometido em intenção. Resta agora, para satisfazer o desejo pecaminoso, transformá-lo em ato concreto.

Às vezes, porém, antes da decisão final do homem em proceder este último momento, ou mesmo após essa decisão, ele experimenta uma luta entre o desejo pecaminoso e a inclinação oposta de sua natureza.

Mais tarde, ele cita São Nilo de Sara que escreve:

A melhor e mais bem sucedida luta ocorre quando o pensamento é cortado por meio de oração sem cessar bem no início. Pois, como os Padres já disseram, quem se opõe ao pensamento inicial, ou seja, a provocação, parará sua subsequente destruição de uma só vez. Um asceta sábio destrói a mãe dos monstros malignos, ou seja, a provocação astuta (primeiros pensamento). No momento da oração, acima de tudo, o intelecto deve ser rendido, surdo e mudo (São Nilo de Sinai), e o coração vazio de qualquer pensamento, até mesmo um pensamento aparentemente bom (São Hesychius de Jerusalém). 

A experiência tem mostrado que a admissão de um pensamento desapaixonado, ou seja, uma distração, é seguido por um apaixonado (mau), e que a entrada do primeiro abre a porta para o último.
Esta oração sem cessar pode ter mais de um significado; pode assumir a forma de constante repetição de uma fórmula, como a Oração de Jesus, ou de um simples estado emocional de abertura para os níveis mais elevados ou centros superiores com nenhuma atividade específica, mas todos estes se tornam incessantes apenas quando são mais fortes do que as tentações. Isto, a ação da oração sem cessar dando controle sobre o comportamento sem rumo da mente, está muito perto de um centro magnético completamente formado. Mas primeiro é preciso visar nas fases iniciais de estabilidade parcial, que só podem ser ativamente mantidas em condições abrigadas, e nós precisamos compreender que, quando essas condições abrigadas não estão disponíveis, o mesmo estágio na formação do centro magnético torna-se uma luta contínua contra a perda de controle devido a condições externas. Esta luta longa e difícil com hábitos é característica deste trabalho fora do monasticismo.

A luta contra o hábito depende de quão profundo o hábito está estabelecido. Algum esforço, e particularmente uma longa persistência, é necessário para lutar contra todos os hábitos: "No entanto, o último momento psicológico de uma vacilação instável da vontade entre duas inclinações opostas, ocorre apenas quando o hábito ainda não foi formado dentro da alma, ou seja, o "mau hábito" de responder ao mau pensamento. Este tem lugar quando uma inclinação pecaminosa ainda não penetrou profundamente a natureza do homem e ao ponto de tornar-se uma característica constante de seu caráter, um elemento familiar em sua disposição, quando sua mente está constantemente preocupada com o objeto do desejo apaixonado, quando a própria paixão ainda não foi completamente formada."

6. Cativeiro (em russo plenenie)

No relato de Kontzevitch dos estágios de provocação, escreve sobre estágio 6, o "cativeiro":

Quando está sob o poder da paixão, homem alegremente e violentamente corre para satisfazer essa paixão, seja sem qualquer luta ou quase sem luta, aqui ele está perdendo o poder dominante, orientador e controlador de sua faculdade volitiva sobre nossas inclinações individuais e as exigências de natureza volitiva. Já não é a vontade que governa sobre inclinações pecaminosas, mas as inclinações que mandam sobre a vontade, forçando e seduzindo totalmente a alma, obrigando toda a sua energia racional e ativa a se concentrar no objeto de paixão. Este estado é chamado cativeiro (plenenie). Este é o momento do desenvolvimento completo de uma paixão, do estado plenamente estabelecido da alma, que agora manifesta toda a sua energia ao extremo.


Este quadro implica que o homem possui um grau de controle e, em seguida, perde-o. Em algum tempo, quase todo mundo aprendeu a controlar suas próprias respostas em situações específicas que variam de acordo com a sua vida prévia. Mesmo hoje em dia, quase todos nós aprendemos a não responder a algumas tentações. Mas, com ideias modernas de liberdade, até mesmo esse auto-controle ocasional torna-se cada vez menos comum ou opera apenas em situações especiais e muito limitadas, É por isso que o poder das paixões cresce mais forte ano a ano, algo que explica a epidemia do uso de drogas e outras distrações pelo qual as pessoas se escondem da vida. Para a humanidade em geral, isto conduz a problemas sociais. Para o indivíduo, isto significa somente que a dificuldade de superar as paixões torna-se maior de modo que a santidade parece mais e mais fora do nosso alcance. O fato é que, quando o processo de formação da paixão está completo, a luta contra o hábito só é possível através do sofrimento intencional; isto não é um "sofrimento estúpido", assumindo o sofrimento inutilmente, mas sim um "sofrimento útil" de forma voluntária, se recusando a satisfazer essas paixões. Esta luta é muito mais difícil sem a oração, embora certos estágios pode fazer que a oração em si pareça difícil, ou mesmo infrutífera por tempo.

retirado do livro A Different Christianity: Early Christian Esotericism and Modern Thought  - Robin Amis 

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